ISCAS NA PRAIA

Mar
ISCAS NA PRAIA
Guarulhos, 13 de novembro de 2010. 
  Divulgação  
Corruptos são produtivos quando usados como iscas na praia

Sergio Alexandre
Camarão e sardinha são os mais indicadas como iscas para pesca em mar aberto

Como em qualquer outro tipo de pescaria, as iscas mais indicadas para a pesca de praia são aquelas encontradas no próprio lugar, por isso vale a pena ter um pouco mais de trabalho e perder algum tempo a procura delas. O camarão e a sardinha são iscas mais indicadas para pesca em mar aberto e não são muito produtivas na praia, costões, pontes ou plataformas de pesca. Recomendo inclusive, que quem pretenda pescar em costões e plataformas dê antes uma passada pela praia para capturar corruptos, minhocas de praias ou sarnambis para usar como iscas nesses locais. Fazendo isso, com certeza a pessoa terá mais ações dos peixes e consequentemente, mais chances de sucesso. Corruptos - É a isca mais tradicional e também a mais indicada para a pesca de praia. Para encontrá-los com facilidade no nosso litoral é necessário que a maré esteja a uma altura inferior a 0,4 m. Consulte a tábua das marés para saber qual o horário certo para sua captura. Para retirá-los da areia é necessário uma bomba de sucção feita de PVC, encontrada nas lojas de pesca. O sinal da sua presença são aqueles pequenos furos na areia durante a maré baixa. Uma recomendação importante: não seja exagerado, capture apenas a quantidade necessária para sua pescaria, pois o corrupto se estraga com facilidade e não é possível aproveitar as sobras.

Minhoca de praia - As minhocas são um pouco mais difíceis de serem encontradas. Normalmente são achadas na maré baixa, na faixa de areia úmida da praia. Pegue um saco de ráfia e coloque dentro algumas sardinhas e cabeças de peixes maiores. Molhe o saco na água e passe-o pela areia. Se houver minhocas no local você as verá colocando sua cabeça para fora, momento certo de capturá-las. Nas lojas de pesca também existe a venda um aparelho específico para capturar minhocas.

Tatuí ou tatuíra - São semelhantes a pequenos tatuzinhos habitam as praias de areia mais fofa. São mais fáceis de serem capturados durante a descida da maré, quando é possível vê-los. Não há necessidade de nenhum aparelho especial para sua captura, que pode ser feita com as mãos livres. São muito frágeis e se estragam com facilidade, por isso devem ser conservados num recipiente com areia seca.

Sarnambis - São pequenos mariscos que vivem nas areias das praias e podem ser vistos com facilidade quando a maré está propícia. Eles devem ser abertos e ter toda sua carne removida. Dependendo do tamanho do anzol pode ser necessário iscar mais de um por vez. Essa isca costuma ser muito boa para a pesca do pampo. Os moluscos de conchas em geral, encontrados nas praias, também podem ser usados. A receita de uma boa pescaria na praia é utilizar qualquer uma dessas iscas. Se os peixes estiverem ativos no dia, as ações serão constantes. Uma dica: como nessa modalidade os arremessos longos são necessários, é recomendável que se amarre as iscas ao anzol com uma linha elástica para evitar que elas caiam no momento do arremesso.

O anzol merece uma atenção especial
A emoção da pesca começa no momento em que o peixe morde a isca e com ela, o anzol. Por isso, esse equipamento merece uma atenção especial do pescador, tanto na compra como na conservação. Há vários modelos de anzol no mercado, alguns específicos para determinadas espécies, como o pacu e o robalo. Em primeiro lugar, é importante que se procure conhecer qual o mais indicado para o peixe que se quer capturar. É bom evitar anzóis muito grandes, pois só servirão para a captura de peixes maiores. Já os anzóis menores, servirão tanto para os grandes como para os pequenos. Para peixes de boca frágil ou de lábios grossos, deve-se usar anzóis finos, que penetrem com facilidade, já para peixes de boca óssea, dura, como o dourado, são melhores os anzóis grossos, porém é essencial que tenham uma fisga bem afiada, o que se consegue com o auxílio de uma lima, para facilitar a penetração. Um anzol “cego”, nesses casos, irá provocar a perda de belos exemplares.

Pesca em alto mar é boa
A pesca em alto mar, na maioria das vezes, costuma ser muito produtiva, tanto em quantidade como em qualidade. O segredo é definir corretamente qual a espécie a ser pescada, qual a melhor técnica e a melhor isca a ser aplicada. Esse tipo de pesca pode ser feita de várias formas: de superfície, com auxílio de bóias, para a pesca das: bicudas, espadas e prejerebas, de meia água, para espadas, olhetes e cações, de fundo para corvinas, parus, sargos ou mesmo para peixes menores como caratingas, marambáias, pargos, ciobas, corcorocas, maria luiza e betaras entre outros, ou locais como parcéis, onde podem ser encontrados ótimos badejos e garoupas. A outra opção fica para pesca de corrico, com iscas artificiais, para enchovas, dourados, sororocas, bicudas, olhetes, olho de boi, bonito, xaréu e carapau. O negócio é ir tentado até descobrir qual sistema de pesca que será mais produtivo, o negócio é partir do princípio e começar pelos peixes da época e ir mudando os sistemas de pesca até encontrar o ideal.

Os melhores pesqueiros no mar são: parcéis, fundos de cascalho, conhecidos como casqueiros, recifes, navios submersos e ao redor de ilhas. Outra boa opção é a pesca de arremesso com iscas artificiais em estruturas de pedras, arremessando justamente onde se formam as espumas. Como no mar nunca se sabe que peixe pode entrar no anzol do pescador, é recomendável que se utilize varas de ação média/pesada, entre 12 e 30 lbs ou entre 15 e 45 lbs, carretilhas ou então molinetes capazes de armazenar mais de 200 m de linha, no mínimo 0,40 mm e anzol 1/0 em diante. Um detalhe importante: como a pesca é feita embarcada, não use varas muito compridas, pois elas só vão atrapalhar você e os outros, o ideal seria em torno de no máximo 6' = 1,80 m . A melhor isca para essa modalidade de pesca é a sardinha, que pode ser iscada inteira ou cortada ao meio, a lula pode ser também uma opção, o indispensável camarão ou mesmo corrupto, marisco, minhoca de praia, tatuira, sarnambi, baratinhas de praia, tudo que se refere ao mar é válido.
Convém lembrar que para maior garantia do sucesso em sua pescaria, a pressão atmosférica deverá estar acima de 1015 milibares, pois em alto mar é fator preponderante para o resultado final de sua pescaria.




DICAS:


:: Substitua sua geladeira por uma máquina fotográfica. Nela você pode armazenar uma quantidade infinita de peixes, levá-los para onde quiser e mostrá-los a quem duvidar de sua capacidade como pescador. Os grandes pescadores são aqueles que demonstram respeito pelo meio ambiente e suas espécies.

:: Muitos peixes têm boca pequena em relação ao tamanho do seu corpo, o que nos obriga a utilizar anzóis pequenos também. Nesses casos tome cuidado com a regulagem da fricção do equipamento, pois apesar de certa para o porte e força do peixe pode não estar adequada para a resistência do anzol, que pode se abrir durante a briga.

:: Para a pesca de peixes de boca mole prefira trabalhar com varas de ação lenta, pois as fisgadas serão mais suaves e os riscos de se rasgar a boca do peixe menores.

:: A rodada é uma modalidade de pesca para ser praticada sempre que possível. Com ela percorremos uma boa área do rio e a isca não fica parada, sendo levada até onde o peixe se encontra.

:: O camarão vivo é a melhor isca para captura do robalo, mas na falta dele pode-se experimentar o pitu, que é o camarão de água doce com bons resultados.

:: As iscas artificiais são uma boa opção de pesca, inclusive em pesque e pagues com elas pode-se capturar traíras, piraputanga, matrinxãs, trutas e até mesmo grandes tilápias.